segunda-feira, 31 de março de 2014

Apoio editorial ao Golpe de 1964 Foi Erro

1964

Diante  de qualquer reportagem  ou editorial  que Lhe desagrade é  frequente que aqueles  que se sintam contrariados  lembrem  Que  O Globo apoiou editorialmente  o golpe de 1964.

A Lembrança é sempre  um incômodo  para  o Jornal,  mas Não há  como refuta-la  A Historia O Globo, de Fato, á época  concordou  com  a intervenção  dos  militares, Ao Lado  de outros  grandes Jornais  como  O Estado  de São Paulo Folha de São Paulo  e  o Correio  da manhã,  para  citar  apenas alguns  fez  o  mesmo  parcela  importante da população,  um Apoio  expresso  em  manifestações  e passeatas  organizadas  em Rio e São Paulo  e outras  capitais.

Naqueles Instantes,  justificavam  a  intervenção  dos  militares  pelo  temor  de  um  outro  golpe  a ser desfechado  pelo Presidente João Goulart,  com amplo apoio de sindicatos - Jango  era  Criticado  por Tentar  instalar  uma  republica sindical - e de Alguns  segmentos  da Força Armadas.

Na Noite de 31 de Março de 1964, por  sinal, O GLOBO Foi  Invadido  por Fuzileiros navais  comandados  pelo Almirante Cândido Aragão do dispositivo  em 1 de Abril.  Sairia  no  dia Seguinte, 02  Quinta Feira,  com  o editorial  impedido de  ser  impresso  pela Almirante, a Decisão  da Pátria  na Primeira Pagina,  um  novo  editorial Ressurge  a  democracia

A Divisão  ideológica  do  mundo  na Guerra Fria  Entre  Leste  e Oeste,  comunistas  e  capitalistas  Se Reproduzia, em Maior  ou  Menor  medida,  em  cada  pais,  no Brasil,  ela era aguçada e aprofundada  pela radicalização  de  Joao Goulart. Iniciada  tão  logo  conseguiu  em Janeiro de 1963. por Meio de plebiscito, Revogar  o parlamentarismo, A saída  negociada  para que  ele  vice. Pudesse Assumir  na Renuncia  do presidente Jânio Quadros. obteve então. os Poderes  plenos do presidencialismo. Transferir  parcela Substancial do poder  do Executivo  ao Congresso  havia  sido  condição exigida  pelos  militares  para  a posse de Jango,  um  dos herdeiros  da trabalhismo  varguista. Naquele Tempo. votava-se  no  vice presidente  separadamente  dai Resultado de  uma  combinação ideológica contraditória  e  fonte  permanente de tensões  o Presidente  da UDN e  o Vice do PTB A Renúncia  de Jânio acendeu  o rastilho  da Crise  Institucional

A Situação  politica da época  se Radicalizou, Principalmente Quando  Jango e  os  militares  mas próximos  a ele ameaçavam Atrobelar  Congresso  e  justiça  para  fazer  reformas de  base  na Lei  ou  na Marram  os Quartes  ficaram  intoxicados  com  luta  Politica, á  esquerda e a  direita Veio, então  o  movimento  dos Sargentos  liderado  por Marinheiros -  Cabo Ancelmo á  frente-  hierarquia  militar  começou  a ser  quebrada e o  oficialato  reagiu.

Naquele  contexto  o Golpe  chamado de Revolução,  termo adotado  Pelo GLOBO Durante  muito  Tempo, Era Visto  pelo Jornal  como  a  única alternativa  para  manter  no Brasil  uma Democracia  os Militares  m prometiam  uma intervenção  passageira. cirúrgica. Na Justificativa  das Forças Armadas  para  a  sua intervenção  ultrapassado  o Perigo de  um Golpe  á esquerda   o Poder  voltaria aos Civis  tanto Que, Prometido  foram  mantidas  num Primeiro  momento, as eleições Presidenciais  de 1966.

 O Desenrolar da Revolução é Conhecido  Não Houve  as eleições  os  militares  ficaram  no  podem 21 Anos,  até  saírem 1985  com  a Pose de José Sarnei, Vice Presidente Tancredo Neves Eleito  ainda  pelo  voto Indireto,  falecido  antes de Receber A Faixa

No Ano  em Que  o  movimento  dos  militares  completou  duas  décadas,  em 1984. Roberto Marinho  Publicou Editorial assinado  na Primeira Pagina  trata-se de  um  documento  Revelador. Nele ressaltava  a atitude de Geisel  em 13 de Outubro de 1978,  Que extinguiu  todos  Institucionais, o Principal, Deles  o  A15 Restabeleceu  a habeas  Corpus  e a  independência  da  magistratura  revogou  o Decreto -Lei  477,  base  das intervenções  do Regime  no  meio  universitário.

Destacava  também  os Avanços econômicos obtidos  Naqueles  vinte Anos  mas,  ao  justificar  sua Adesão  aos Militares  em  1964, deixava  clara  a sua Crença de que  intervenção  foram  imprescindível  para  a  manutenção da Democracia e,  depois, para  conter  a  irrupção  da guerrilha  urbana E, ainda,  revelava  de Apoio Editorial  ao  regime,  embora  duradoura  não Foram  o Tempo  tranquila  nas Palavras deles  temos  Permanecido Possível de  Normalidade  democrática.

Contextos  históricos  São Necessários  na Analise do  posicionamento de Pessoas  e  instituições  mas Ainda  em rupturas institucionais A Historia  não  é Apenas  uma Descrição de  fatos,  que  sucedem  um  aos  outros.  Ela  é  o   Mas  poderoso  instrumentos de que  o  homem  para Seguir  com Segurança  rumo  ao  futuro: aprende-se  com  os Erros  cometidos  e se enriquece  ao  reconhece-lós   

Os Homens  e  as  instituições  que Viveram  1964 são,  há  muito  historia, e  devem ser entendidos  nessa perspectiva. O GLOBO Não  tem duvidas  de que  o apoio a 1964  pareceu aos  que dirigiam  o Jornal  e Viveram  Aquele Momento  a atitude certa,  visando  ao  bem  do Pais.

A Luz  da Historia.  contudo, Não  há  por  Que Não Reconhecer, hoje,  explicitamente, Que Apoio  foi  um Erro,  assim  como equivocadas  foram  outras Decisões Editorias  do período que decorreram desse desacerto  original.  A Democracia é  valor absoluto E, Quando  em Risco,  Ela Só  pode ser  salva  por  si  mesma.

Fonte Jornal  O GLOBO

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